Eu gosto do barulho da sua
respiração dormindo, na madrugada. Gosto da seqüência de sons baixinhos do ar
que você respira. Você me explica todos os sons dizendo que primeiro o oxigênio
entra pelas suas vias aéreas, depois o gás carbônico sai do seu corpo,
completando o ciclo respiratório. Tanto faz. Eu gosto do barulho. E você ri,
porque me acha subjetiva demais. Eu gosto também das pintinhas que você tem no
rosto. Também nunca vi alguém se preocupar tanto com isso. Eu gosto
das pintinhas e de como elas deixam seu rosto infantil enquanto você dorme. Eu
fico quietinha olhando e pensando que o amor é essa coisa gostosa, é essa
coberta que a gente divide dormindo num colchão no meio do nosso apartamento
vazio. Aí me dá uma vontade louca de escrever e eu digito bem baixinho pra você
não acordar. Eu penso em você, com tanto carinho. E as vezes com raiva e
cansaço e com desleixo. Porque eu sou humana e não sei amar direito. Porque
você é chato e acaba sempre me tirando do sério. Porque a gente se adora e não
consegue passar meia hora brigados.
Eu nem sei direito porque comecei esse
texto, mas você me causa essas coisas meio insanas. De repente te beijar ou
sair correndo e pular por cima de você no sofá. De repente, você é minha maior
urgência. Sempre é. E só não é mais porque nossas individualidades não
permitem. Continuo olhando pra você dormindo e só penso em coisas inteligentes
e bonitas. Faço uns versos completos e penso que a vida é boa, sim. Que o amor
existe e que nós dois vamos ser felizes. Sem esforço e sem muitas perdas.
Eu
tinha tanto medo do amor, você sabe.
Eu tinha medo do amor me tirar de mim, me
obrigar a ser quem eu não sou. Eu tinha medo do amor me escravizar. Mas você me
deixa livre e me convida pra ficar, caso eu queira. E eu sempre quero. A gente
sempre quer, mesmo quando tudo tá dando errado. Eu quero escolher ficar, do seu
lado, na sua vida, sentada perto da sua mãe nos Natais e abraçando seus avós.
Eu quero você, com pintinhas em volta do nariz e com as suas grosserias
engraçadas. Eu quero me casar com você e arriscar nossas fichas nessa
instituição que ninguém mais acredita. Eu quero uns filhos que tenham seu
sorriso quadrado e seu otimismo. Quero festa com bolo e brigadeiro. Quero me
sentar na mesa da cozinha e fazer contas com você, imitando aquelas filmes
americanos que a gente nunca assiste. Eu quero nunca desistir. Mesmo que a
gente saiba que o amor não é um sentimento infinito, mas quero que a gente beba
uns goles dele todo dia, igual fazemos com a nossa cerveja. E que você nunca se
esqueça dos motivos que nos fizeram chegar até aqui. Porque não é fácil.
Amar é
foda. Amar é pros fortes.
E não to nem aí sobre o que dizem por aí, sobre isso.
Ninguém nunca entendeu a gente, mesmo. Ninguém nunca acreditou. Nem eu.
Mas quem se importa? Volta a dormir, meu
bem. Volta a respirar daquele jeito que me acalma. Eu to aqui (pra sempre), amo
você.
Oi Thai!
ResponderExcluirTudo bem?
A parte que mais me chamou a atenção foi essa: ''Eu tinha medo do amor me tirar de mim, me obrigar a ser quem eu não sou. Eu tinha medo do amor me escraviza''
Era exatamente o que eu pensava antes de conhecer o amor da minha vida, agora sei que amor não se mendiga e não se escraviza, amor é algo que tem que ser recíproco. Não existe nada melhor do que se sentir amada.
Beijo e sucesso sempre
http://alecanofremakeup.blogspot.com.br/
HAHAHA muito obrigaaaada ♥
ExcluirDas coisas simples, loucas e lindas. Parabéns.
ResponderExcluirSim, sempre! ♥
ExcluirNossa, me emocionei com seu post, Thais! Estou quase me casando e tudo se ligou ao que estou vivendo no momento. Lindo demais, parabéns!
ResponderExcluirTenha uma ótima quinta-feira, linda! Beijos.
Eu também estou, estamos juntas então! ♥
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