segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sobre amores e verdades.


Eu quero começar dizendo que nem sempre o amor é eterno. E nem sempre o amor é tudo, numa relação. Não tem fórmula, nem prazo de validade. O amor não é aquele negócio lindo e sem fim que a gente assiste na Sessão da Tarde. O amor é difícil, menina. O amor bate na cara da gente. E as vezes vai embora, quando deveria ficar. Fica, quando deveria ir. O amor é feito a gente, sabe? Vive fazendo bobagens. O amor é que nem uma receita de bolo, as vezes a gente tem todos os ingredientes e segue tudo a risca como diz no caderninho da vó, mas o bolo desanda. O bolo não cresce. O bolo queima. O bolo vai pro lixo. Nem sempre o amor tem razão. Nem sempre o amor vale a pena, menina. Isso é que é difícil de entrar na cabeça, né? Nem sempre vale a pena. E como é que a gente mede a valia do amor? Boa pergunta. Quando é que a gente decide que é melhor ir, ao invés de tentar de novo? Eu acho que a gente sente. A gente sente que o amor virou só apego, virou só rotina, virou só costume de estar ali. A gente finge que não vê, diz que é fase, diz que o outro vai voltar a amar amanhã ou depois. Mas no fundo, a gente sente que o amor ficou sem sal, só não quer assumir. Acho que esse é o maior problema, aquela mania de achar que o amor tem que ser igual de filme. Mas olha só, pensa comigo: filme só dura duas horas. E o amor? O amor só dura o que tem que durar. E depois renasce em outra vida, em outra história. Renasce por aqui mesmo, com outros personagens. Em outra direção. Cê tá me entendendo, menina? Amor não é aquilo te te tira do chão, é aquilo te poe no eixo. O amor de verdade não tem nada a ver com borboletas no estômago, mãos frias, noites sem dormir e falta de ar. Amor é pé no chão, são mãos quentes e entrelaçadas. Amor é respiração controlada. É sono tranquilo. Amor é o telefone que toca todo dia, é a reciprocidade. É decidir por um mesmo caminho. E não tem nada de conto de fadas, nem glitter pelo ar. É preto no branco, é decisão. E nem sempre é pra sempre. Somos tão pequenos. Mudamos tanto, todos os dias. Como é que vamos esperar que o amor seja sempre igual? As vezes ele muda e a gente fica. As vezes a gente muda e ele fica. Não é porque um amor se foi, que um outro não possa chegar. Não possa ficar... O amor só exige uma coisa: verdade. O modo, o tempo, a loucura, a vontade pouco importam. Se tem verdade, pode ter amor. Quem somos nós pra julgar? 
Quem sou eu pra dizer que existe alguma razão, no amor?
Eu só quero que as idéias sobre o amor sejam renovadas. Que a gente pare de acreditar num amor tão antiguado, tão desumano. O amor é real, é bonito, é tudo aquilo que a gente quiser que ele seja. O amor tá aqui dentro, tá aí dentro. Basta que a gente cuide dele. 
Basta que a gente acredite. Basta que a gente decida.











9 comentários:

  1. ó que tem na sessão da tarde acaba sendo uma falsidade
    putz até rimou
    amor e relação é algo complicado demais mesmo

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  2. Ótimo texto, menina!

    O amor é necessário. Quem não é capaz de amar tem problemas.

    =*

    =]

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  3. amor do jeito que se descrevem será que existe?

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  4. Oii vim conhecer seu blog e adorei.
    te convido para vir conhecer o meu e participar,retribuo beijos
    http://maddalice.blogspot.com.br/

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  5. Ótimo texto!
    Eu sempre acho que Amor é decisão!

    Parabéns pelo blog.
    -
    se der passa lá no meu! é sobre minhas artes, ilustrações, desenhos manuais, caricaturas digitais, etc.

    http://alemarquesarts.blogspot.com.br/

    UM ABRAÇO.

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  6. Gostei deste também :)

    Ei, você poderia por a música incorporada no post, pra facilitar pra quem lê.

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