Ler ouvindo Pillowtalk.
O novo chegou metendo o pé na porta e mostrando os documentos.
Diz que veio pra ficar.
O novo abriu as janelas e arejou a casa. Tem cheiro de casa limpa e café de manhã.
Ele tem nome de lorde. Tem olhos que parecem ter visto de tudo e conta histórias sobre todo tipo de gente. O novo varreu a casa e não se importou em encontrar tudo uma bagunça. Me pegou no colo e ouviu cada uma das minhas historias, por piores que fossem.
O novo já me viu chorar.
E ficou.
Como disse que faria.
O novo não se surpreende com meu humor ácido e minha falta de jeito. Ele não tem medo de mim. E tem aquele cheiro bom de gente que é de verdade.
O novo chegou sem qualquer aviso prévio, sem deixar me preparar.
E diz que tudo bem, assim.
Ele me abriu a casa, a vida e sua história, na mesa. Disse que não era grande coisa, mas ele nem sabe que sinceridade daquele jeito dele já é muito. O novo não gosta de falar de amor.
Assim como eu.
E me faz pensar em coisas que eu já não sabia mais. O novo me faz ter ciúme. E não é qualquer ciúme não, é aquele bem desgraçado. Coisa que eu não sabia mais o que era. O novo me trouxe sossego.
Junto com meu doce favorito e um beijo na testa.
E mais um monte de discussões ansiosas. E outro beijo na virilha. Com aquela cara de cafajeste que quase me mata.
O novo é bom.
Faz bem.
Justo eu, justo agora.